Who do you love, now? ♪
ou episódio mais conhecido como,
Quem me conhece, sabe muito bem o amor que eu nutro por Supernatural, um amor que surgiu desde o episódio piloto exibido na época que a Warner Chanel era o meu canal favorito – e de algumas pessoas por todo o mundo. Comecei a assistir por três motivos: Jensen Ackles – minha paixão desde 2001 -, tema sobrenatural e porque me lembrei do horário de exibição. Desde então, acompanho essa série com passos religiosos, após a 5º Temporada confesso que a série perdeu um pouco da sua alma, o que me obrigou a ‘abandonar’ a série na péssima 7º Temporada. Ou eu abandonava ou o amor acabaria. Lembro que faltava poucos dias para a estréia da 8º temporada e fiz uma sofrida maratona para conseguir acompanhar a série novamente, me questionando o que havia acontecido com a minha série favorita? Onde ela havia se perdido? Uma série de personagens tão ricos e histórias tão interessantes não podia terminar assim ...
E não terminou.
O que a 7º temporada teve de chata, previsível e forçada, a 8º teve de redescoberta, remodelação e uma nova esperança, seguindo ainda a idéia de fechar definitivamente as portas do inferno, o que para mim é uma péssima idéia, mas viável para os Winchester, tivemos ainda o prazer de assistir uma das cenas mais bem feitas da série: a queda dos anjos.
Brilhante.
Em uma série que os anjos são ruins e os demônios, talvez, possam ser bons, ver centenas de milhares de anjos desabando no planeta terra só me fez pensar em uma palavra: Caos.
Contudo, coloque esse caos em negrito e néon, e você terá um dos principais sentimentos desse episódio sob as conseqüências da ótima season final de Supernatural.
Pensemos assim: Supernatural é o Doctor Who americano. Tem uma mitologia, personagens cativantes e mesmo contra todas as probabilidades, não há uma data de validade, ele pode durar 15º Temporadas e daqui há 5 anos retornar em novo formato, com novos atores e histórias e vai funcionar.
Tanto que depois do boato de um spin off sendo programado pela CW, eu espero que os produtores estão pensando exatamente nisso. No futuro de Supernatural para a próxima geração.
Como toda temporada de Supernatural, iniciamos essa com uma musiquinha que embala bem os ânimos da temporada passada e ouso dizer, o clima que teremos nessa: ‘Who do you love?”, do The Doors, já começa mostrando que a escolha de Sam do episódio tem muito mais haver com amor e lealdade do que com escolha, mas isso veremos mais para frente.
Vemos o nosso carro favorito na estrada, uma conversa entre Sam e Dean, no melhor estilo irmão mais velho, querendo proteger o irmão e mostrar a verdade que Sam se mostra contra. Ele esta morrendo. Como? O telespectador pensa, Sam está com uma cara de acabado, mas está vivo e sem ferimentos.
Aí você se engana.
Somos levados a um quarto de hospital com um Dean acabado, vendo um Sam entravado em uma cama.
Tudo não passava de uma visão na mente quase morta do irmão mais novo.
E você fica com essa.
Abertura.
E que abertura foi essa?
Superou todas as expectativas e está no meu TOP 03 de aberturas mais lindas, perfeitas e divas de Supernatural.
Bom, as coisas não estão nada bem para Sam e o médico deixa isso bem claro para um Dean que obviamente não aceita bem. Meus caros, ele era o receptáculo de Miguel, o guerreiro, vocês realmente acreditam que ele vai aceitar a morte do irmão?! A única família que ele tem?! E o médico perdeu todo o ‘respeito’ que tinha com ele ao falar em Deus. Sabemos bem como esse assunto é delicado para o nosso Dean, é quase uma ofensa falar sobre isso com ele, e tivemos logo de cara, um dos diálogos mais fortes do personagem.
Você sabe que as coisas estão ruins quando Dean permite deixar seu orgulho de lado para rezar ... a Castiel. Não existe Deus para Dean, ele não consegue aceitar alguém tão poderoso que assiste de camarote a droga do mundo que ele vive. Para Dean, implicitamente, Deus é Castiel. Alguém sem grandes poderes, com um grande coração e alma, mesmo sendo um ser frio e distante como aprendemos que os anjos são. Sem ter respostas e sem idéias do que fazer, Dean faz uma prece ‘geral’. Todos os anjos na terra – que são muitos - escutaram o pedido de ajuda de Dean, na rádio anjo, como Castiel diz: ele conseguiriaa o que queria – a salvação do irmão – com ajuda desse anjo e o anjo poderia pedir o favor que quisesse dele. Como sempre, Dean esta assinando um contrato pela alma dele, sem saber.
De volta ao Impala, Sam discute com a sua força de vontade de viver com a sua vontade de morrer, aqui representados por Dean e Bobby. Surpresa. Eu esperava o Crowley como a vontade de morrer de Sam, mas Bobby? Audacioso e deu certo por dois motivos: condizia com o personagem tal papel e serviu para matar saudades do personagem. Bobby faz faltar, acho a morte dele um dos atos desnecessários da série, até hoje não aceito tal ocorrido e torço para que eles desfaçam isso, mesmo que tenham que trazer ele de volta fazendo magia negra.
No lado puro da série, descobrimos onde Castiel se enfiou. Em Colorado, humano e perdido feito um filhote, ele é quase atropelado, sente dor pela primeira vez, ganha uma carona de um senhor bem simpático, algumas moedinhas para sobreviver – o homem realmente era bom - e segue seu rumo em busca de um telefone para falar com o seu humano favorito, se você pensou em Dean, acertou. Adianto que Castiel foi o humor do episódio, o que funcionou bem para todo o drama que Dean e Sam estavam vivendo, ver Castiel em tela foi um alivio delicado.
Até April Young aparecer.
Não, não é um crossover com The Vampire Diaries.
E graças a Deus, ela não está procurando a Rebekah e sim, ela é um anjo chamado Hael e quer ajuda de Castiel para entender o que deve fazer agora que foi ‘cuspida’ do céu, junto com seus irmãos. Óbvio que Castiel quer ajudá-la, mas sabemos que isso não vai terminar bem.
No lado ferrado da série, Dean recebe a visita de uma conselheira de luto. Não, ele não pode lidar com isso e nem eu.
Pensar em luto o lembra que Crowley está no porta malas dele, o que me faz pensar na higiene do moço, no oxigênio e em outras coisas, mas não o vemos nesse episódio – o que é a parte triste da série. Contudo temos Anjos Everywhere, um já parte para violência para cima de Dean querendo saber onde Castiel, o traidor e lixo dos céus, se encontra. Eu disse que Castiel não estava seguro, mas alguém me ouviu?
A cena serviu para introduzir Ezequiel, que de acordo com Castiel, é um bom soldado.
Alivio em meu coração pois gostei dele, anjo que mostrou ser um aliado de Dean e Castiel, um anjo assim, sempre é bem vindo.
Vamos falar do tema desse episódio.
A escolha de Sam.
Essa é a grande verdade por trás desse episódio.
Quem vai dizer que não era esperado da parte do Sam aceitar sua condição e, pedir ao Senhor da Morte, que ele poderá levar sua alma, desde que de modo algum, nem por ritual ou ajuda de terceiros Sam irá retornar a vida. Ele aceita a morte. Sam não é um guerreiro, ele nunca foi, ele sempre foi humano, sempre desejou uma vida humana normal, ser um caçador foi a realidade mais dura para ele. Aceitar a morte é uma libertação, ter a certeza que ninguém o trará de volta – Dean – é uma certeza de paz para ele seguir, mas Sam é tão ingênuo em acreditar que o irmão não acharia um modo? Quando Ezequiel desligou os aparelhos de Sam, o olhar caído de Dean e o peso daquela ação deixou bem claro que não importa quantas vezes Sam morra, a dor da perda sempre será a mesma.
Dean conseguiu um plano, eu não o achei tão ruim, perto de vários outros que eles já tiveram, com ajuda de Ezequiel, Sam seria possuído pelo espírito do anjo, que iria consertá-lo de dentro para fora e também se recuperar, pois se encontrava ferido da queda do céu e de tentar ajudar Sam.
Ou seja, teremos um Sam possuído, agora por um anjo.
Óbvio que Dean sempre teve as melhores idéias – SQN – e ao ouvir de Ezequiel que se a mente de Sam descobrir que ele se encontra possuído por um anjo, e como ele disse que Sam não aceitaria isso, Ezequiel seria expulso de imediato, decorrendo com a morte de Sam. Ou seja, Got a secret? Can You kept? ♪
Para uma Series Premiere, Supernatural cumpriu com sua obrigação, nos agraciou com um episódio emocional, ágil e trazendo cuidadosamente o novo tema dessa temporada: anjos e o que eles irão aprontar.
Se isso vai ser o bastante? Claro que não. Tenho certeza que em breve veremos Kevin com problemas e Crowley trazendo um probleminha maior do submundo para nós, mas por enquanto, anjos é um tema aceitável e Sam possuído será bem interessante, ainda mais com o final, sinto que vamos ficar vendo ele fluindo de Sam/Ezequiel o que pode causar alguns problemas e divertimentos.
Espero nessa temporada ainda rever os caçadores mirins da temporada passada, nossa amada Charlie, mais Bobby porque merecemos e é claro, Tio Lulu.
Para quem achava que Supernatural havia morrido após a 7º temporada pode tirar o cavalinho da chuva, Supernatural sabe como dar a volta por cima dos problemas, concertar os seus erros e respeitar o público que tem, sem perder a seriedade e o divertimento.
Até a próxima, hunters.
Escritora, publicada no site da Amazon/Kobo, professora, poliglota, Companion, Slytherin, Hobbit, Targaryen, Ms.Holmes e é casada com Mr.Darcy. Bang, that's me, mates. Me siga no twitter @MsBarbieHerdy |