8 de out. de 2013

Série | 2 Broke Girls - Primeira temporada
Unknown8 de out. de 2013

Uma garota rica que perdeu tudo, uma jovem que nunca teve nada na vida, um sonho quase impossível... E um cavalo. E assim nasceu “2 Broke Girls”.

Tentando não elogiar muito a série apenas por eu amá-la, posso basear meu primeiro comentário em algo que alguns já devem ter percebido: A teoria dos opostos.
Não entendeu? Pois veja como essa técnica pode ser clichê quando comparada a outras séries mais antigas: Drake e Josh, Kenan e Kel, Two and a Half Men (Sim, pois parte do seriado é baseado nas diferenças entre Charlie e Allan.), dentre algumas outras. A base de 2 Broke Girls é exatamente a mesma: duas garotas falidas tentando superar as diferenças e manter a amizade em um contexto completamente comum na cidade de New York.
Mas isso não quer dizer que o seriado fique para trás em algum quesito. Muito pelo contrário: Como se o tivessem feito para compensar o uso da teoria citada acima, há alguns pontos em 2 Broke Girls que fazem deste um seriado único. Dentre eles, pode-se citar:

·         O grande ladrão - Caroline Channing, a loira que acaba de empobrecer, teve um ótimo motivo para ficar sem nada: Seu pai. Sim, isso mesmo que vocês leram. Caroline ficou sem nada quando seu pai, um dos maiores ladrões (assaltantes, trambiqueiros, chamem do que quiser.) de New York, foi finalmente pego pela polícia. E, como consequência, a loira perdeu absolutamente tudo. Mas não fiquem tristes por ela. Afinal, caso o senhor Channing não houvesse sido capturado, Caroline e Max jamais teriam se conhecido e várias lições de vida (sejam elas sérias ou as bestas proporcionadas por Max) teriam passado despercebidas pelos olhos da loira.
·         A loja de cupcakes caseiros da Max – Para quem defende a história de que séries de comédia não possuem um objetivo final para seus personagens, eu lamento informar que vocês estão perdendo tempo ao não assistirem 2 Broke Girls. Além das típicas cenas onde a teoria já dita é posta em prática – ei, eu disse que era clichê, não que era sem graça. -, há algo que realmente deixa o seriado um pouco mais interessante: O fato de Caroline e Max terem um sonho e de o mesmo ser o responsável por quase todas as confusões em que a dupla se mete. Acompanhar os passos de duas pobretonas lutando para conseguir sua própria loja de cupcakes nunca foi tão engraçado. E isto nos leva ao próximo diferencial: O dinheiro.
·         A carteira de Max e Caroline – Este seja, talvez, o ponto que mais atrai a minha atenção no seriado. Como o sonho das duas garotas têm um preço (e eu realmente apoio o toque de realidade que colocam neste ponto), tudo o que a dupla faz têm influência no dinheiro que juntam para realizar o tal sonho. Ao final de cada episódio é apresentado ao público quantos dólares a loira e a morena ainda possuem e, apesar de não parecer quando é citado desta forma, é sempre emocionante ver o quão próximas – ou não – Caroline e Max podem estar de conseguir o que querem.

Mas, e se tratando dos personagens? Eles são cativantes? Engraçados?
Alguns sim, e outros simplesmente irritam. Mas é claro que isso varia de gosto para gosto. De repente, aquele dono de lanchonete irritante pode, para vocês, ser o maior comediante de todos os tempos. Sem mais delongas, vamos falar sobre alguns personagens:

·         Max Black (Kat Dennigs) – Em minha opinião, a melhor personagem da série. Quem resiste à personalidade “Tô nem aí” de Max? Enfatizando perfeitamente o oposto do que é Caroline Channing, Black não liga muito para organização e ignora totalmente algumas obrigações de lei, como os impostos (Sim, meus queridos, Max Black não paga os impostos.). Isso quando a garota não acorda com o “pé esquerdo” e nos proporciona belas cenas de uma Max revoltada e doida para socar alguém – o que acontece frequentemente.
·         Caroline Channing (Beth Behrs) – Como já mencionado diversas vezes, esta representa todo o lado rosa e aveludado da série. Mesmo depois de ter perdido tudo e ser obrigada a trabalhar na lanchonete de Han – onde se passam boa parte das cenas -, Caroline não consegue deixar seu sobrenome de lado. Valoriza a organização e a beleza, tanto a dela como a do ambiente ao seu redor. Gosta de luxo, de conforto e de roupas e acessórios de marcas famosas. Embora, após o início da série, ela tenha se adaptado bem ao apartamento de Max, onde as duas vivem com o cavalo de Caroline: Chestnut.
·         Oleg (Jonathan Kite) – Ao lado de Max e Sophie, é um dos personagens mais engraçados em minha opinião. Completamente tarado – me perdoem, não há outro adjetivo a ser usado com ele. – e escravo da luxúria, não há como não rir com os frequentes comentários que Oleg lança para as meninas.
·         Sophie (Jennifer Coolidge) – Em alguma parte da primeira temporada ela se torna o par romântico de Oleg. E é claro que a relação dos dois não é nem um pouco comum. Sophie vive no mesmo prédio de Max e Caroline e é simplesmente fascinada pelo cupcakes de Max. Sua personalidade é única a ponto de ser difícil descrevê-la, mas há três palavras que podem definir as fases pela qual Sophie passa todos os dias: Autoritária, explosiva e abusada (literalmente abusada. Ela escolheu sua própria mesa na lanchonete e surta quando vê que alguém a está usando.). Mas há momentos em que a carência toma conta de Sophie, e é quando o ciúme entra em cena que os momentos mais engraçados da personagem surgem.

Por motivos de “acho que está ficando longo demais”, estes serão os únicos personagens que, até então, falarei sobre. Agora vamos para o que realmente interessa: Os pontos positivos e os negativos.

·         Positivos – Porque assistir à “2 Broke Girls”: Acho que, principalmente, por não ser a pior comédia do mundo. Para entrar para o ramo das melhores certamente falta bastante “feijão com arroz” ao roteiro, mas é algo divertido para passar o tempo e pode te arrancar boas risadas (com toda certeza arrancará mais risadas que “The Big Bang Theory”, mas falaremos sobre este mais tarde). Além de que, em sua maioria, os atores não são ruins e conseguem transparecer facilmente a essência de seus personagens.
·         Negativos – Porque ignorar “2 Broke Girls”: Não existem muitos motivos para fazê-lo, mas o seriado possui seus altos e baixo. Assim como terão episódios que o farão chorar de rir, existirão aqueles que despertarão o seu tédio mesmo antes da metade do capítulo. E, na minha opinião, o Han irrita. Bom, estes são os pontos negativos.

Conclusão: Embora não seja uma história extraordinária ou necessariamente única, 2 Broke Girls é uma série gostosa de ser ver e com elementos suficientes para que as pessoas sintam a realidade bordar os episódios. Na primeira temporada, onde se vê a adaptação pela qual passa a nova Caroline, a descoberta do sonho de Max e os problemas que aparecem incessantemente para as duas, é normal se pegar torcendo para que algo caia do céu e as ajude a conseguir aquilo que tanto querem.
2 Broke Girls, em minha opinião, vale a pena!

Sobre:
Jorge Castro Jorge Castro tem 19 anos, é viciado em livros – e em escrevê-los – e em séries, principalmente aquelas que sabem a hora de parar. Gosta de comédia, romance e praticamente qualquer coisa que envolta o sobrenatural. – Twitter: @Casterjorel