Everybody was kung-fu fighting ♪
Para quem não sabe, eu sou uma nerd.
Amo ‘Star Trek’ a ‘Doctor Who’ e a Marvel se encontra aí no meio.
Quando fiquei sabendo que iriam fazer uma série baseada no universo da S.H.I.E.L.D fiquei muito animada, mas com um pé atrás, seria muito mais fácil eu me decepcionar com o material apresentado se tivesse grandes expectativas, mesmo sabendo que Joss Whedon estava na produção.
Adorei o primeiro episódio, mas esse carinho diminuiu no segundo e o mesmo ocorreu nesse terceiro, ‘The Asset’. Não foi um episódio ruim, longe de mim, o material da série continua alto e muito bom. Seguindo o tipico roteiro "vilão da semana" e equipe unida, missão completa, temos mais um episódio estável. E só isso.
O elenco tem química, histórias paralelas interessantes, o enredo está bom, mas ainda falta um ajuste, um tema central conectados a todos os episódios e essa deficiência está tornando os episódios um pouco repetitivos e maçantes.
Em ‘The Asset’ sabemos um pouco mais da hacker esperta e sarcástica Skye, Ward se torna o supervisor dela, como May aconselhou, vemos que ele tem jeito para isso, mesmo que eu esperasse o contrário dele, ainda mais por ele ter um pé atrás com Skye, o agente Ward se leva a sério demais, não se permite ser apenas um cara normal e espera o mesmo de seus colegas. Skye é seu oposto: é uma palhaça, que quer se divertir e durante tal trajetória, ajudar que precisa de ajuda. Os opostos que se atraem perfeitamente aqui na história. Escuto e leio pessoas que estão shippando muito eles juntos, eu adianto aqui que sim, tem química entre eles, mas acredito que será um relacionamento do tipo clichê e esperado, vão ficar juntos, vão ter química, mas algo vai separá-los um milhão de vezes. Sou muito mais Fitz – Simmons, que tem um jeito Scully e Mulder de ser adorável, mas disso falo mais para frente.
Esse foi um episódio de apresentação, ao meu ver, descobrimos um pouco sobre Skye, Ward e Fitz-Simmons, mas nada que não pudesse ser explorado com o decorrer da série. Eu esperava que esse fosse um episódio de crescimento dos personagens Skye e Ward, como dá para sentir na primeira cena, mas não deu para ver isso quando chegamos aos 40 minutos. Skye continua com aquela imagem de que vai trair seus colegas a qualquer momento, Ward com a imagem de agente sério, Coulson continua sendo o cara que morreu e não sabe da verdade, May quer ficar no grupo, por algum motivo que não foi explorado nesse episódio, o que para mim é uma falha e Fitz-Simmons são ... Fitz- Simmons.
Por mais inesperado que seja – ou não – Skye parte para a sua primeira missão solo, podemos entender que ela teve alguns treinamentos com Ward, então ela não está tão despreparada como pensamos, a personagem precisa desse tipo de aventura, até mesmo, para estabelecer um lado: ou ela está com a SHIELD ou ela está com os outros. Como disse, esse não foi um episódio de crescimento, foi um episódio de apresentação, exploraram bem ela, sua capacidade, inteligência e charme, e mostraram que em campo ela pode ser ótima, mas é na conversa que ela ganha, ou vão dizer que a cena com o Ian Quinn (uma salva de palmas para o senhor David Conrad #sddsGhostWhisperer) não foi genial? Eu ainda acho que ela vai esfaquear o grupo antes do episódio 10, esse episódio só foi o despertar para isso, meus senhores.
O papo com Quinn foi um modo de saber o que ela tem na mesa como opção, ao ouvir o que era de interesse a ela e a SHIELD, ela voltou a ser uma ‘agente’ mostrou que aprendeu algo com Ward e se jogou da janela para ... um laguinho, fazendo uma escapatória dramática que resultou em ela sendo salva pelo agente gostosão e serio aka Ward. Sorte do dia: Ian Quinn ainda vive e provavelmente, ainda o veremos mais na série, o que sinto que será um grande beneficio para o decorrer do assunto que foi apresentado nesse episódio.
Com Skye em campo, Coulson e Ward ficaram na retaguarda para protegê-la, desempenharam cenas interessantes de ação, mas apenas isso. Ward, mesmo não querendo confessar, está preocupado com sua pupila e Coulson ficou um pouco nas sombras, sem grande piadas ou plot a desenvolver, apenas serviu de líder.
Dentro do avião aka QG dos Agentes, temos uma May contida em manter a missão nos eixos, vemos que ela tem jeito para isso, mas o lugar dela é no campo, seu plot não foi desenvolvido ficou estagnado, mas garanto que isso será por pouco tempo.
Fitz-Simmons, por outro lado, nasceram para comandar dali.
Eu fico impressionada com a química entre Elizabeth Henstridge e Iain De Caestecker, os dois parecem se conhecer a anos mesmo, como os personagens. Completam frases, trocam olhares significativos e parecem um quebra cabeça completo. Quando falo que shippo eles como casal é porque sei que seriam perfeitos na história, nada ficaria entre eles, pois eles foram feitos um para o outro, sem exageros, apenas prestem atenção em qualquer cena deles e digam se é mentira. Por mais que digam que eles são irmãos na série (se não me engano isso foi comentado no 1x01), vejo um algo mais ali que pode ser explorado mais para frente, quem sabe até, se tivermos sorte, em outras temporadas, assim podemos ver esse relacionamento crescer sem pressão.
Sinto que o que estiver preso dentro daquele cofre com o ‘falecido’ Dr. Franklin Hart, ex professor de Fitz-Simmons, dentro sabendo-se lá o que está ocorrendo com ele, se bem que estou desconfiando de algo, já que vi algo similar em um episódio do falecido desenho ‘ The Avengers: Earth's Mightiest Heroes“, se for algo próximo a isso, será algo grande que irá causar algum caos na sociedade, além do mais, aquilo tem poderes, já foi dito e pelo discurso de Quinn na festa, é disso que um grupo seleto quer, certo? Poder.
E aí está um dos motivos para um grupo seleto – sua maioria americanos - estar reclamando da série.
A falta do elemento poder.
Gente, antes da série lançar, havia sido anunciado que essa série seria sobre heróis do dia a dia e não super soldados ou homens de ferro, além do mais, se fosse para ser assim, qual seria o papel dos filmes? Perderia a razão de ter os filmes no cinema, não acham? O que eu espero é que no futuro eles introduzam sim, personagens com poderes porque é um diferencial em um episódio, mas que não faça isso centro do universo da SHIELD, pois a proposta são os heróis do dia a dia, pessoas treinadas ou como Skye, super gênios da tecnologia que podem salvar o mundo.
Só estamos no terceiro episódio e tem gente falando que a série ta ruim. Sério, vai lavar uma louça.
Uma série para ser considerada ruim precisa de no mínimo, 07 episódios mantendo um esse nível de roteiro fraco, personagens instáveis e falta de necessidade de existir. Tudo bem, você não gostar de um piloto, o clima da série não te agradou, agora detonar a série por que está faltando um elemento, que cá entre nós, é desnecessário? Por favor, vai rever ‘Heroes’ que mutante não falta lá. Na S.H.I.E.L.D pelo menos agora, teremos apenas humanos e é esse o grande trunfo da série.
’The Asset’ não apresentou nada de novo, continuo com a apresentação dos personagens, que é necessário para uma série principiante, contudo está passando um pouco do limite de necessidade, esse um lado negativo. Lado positivo desse episódio, talvez tenhamos um tema central para a temporada que pode sim, ser interessante.
Memorandos para Nick Fury: Enquanto o Daniel (resenhista da 'Marvel's Agents of Shield') se encontrar sem computador, eu irei resenhar a série para vocês, assim que ele o recuperar, tudo voltará como antes, ok?
Escritora, publicada no site da Amazon/Kobo, professora, poliglota, Companion, Slytherin, Hobbit, Targaryen, Ms.Holmes e é casada com Mr.Darcy. Bang, that's me, mates. Me siga no twitter @MsBarbieHerdy |