Vamos
falar do espaço. Vamos falar da cabine azul. Allons-y, Tardis, o Doctor nos
espera!
Em homenagem ao aniversário de cinquenta anos da série, o
tema especial do blog será ninguém mais, ninguém menos, que Doctor Who!
Portanto, se você sente algum interesse por alienígenas, viagens no tempo e
fortes emoções, sugiro que tome bastante cuidado, pois este é um seriado
facilmente viciável.
Esta é a primeira postagem do assunto e falará sobre toda
a época em que o Doctor (Christopher Eccleston) teve Rose Tyler (Billie Pipper)
– que, em minha opinião, foi a melhor delas – como companheira de viagem. Ou
seja, a primeira e segunda temporadas.
E, para os que gostam das futuras parceiras do senhor do tempo, não se desesperem: Martha, Donna e Amy também terão sua luz nos futuros posts deste especial, embora seja um desafio para mim escrever qualquer coisa sobre a Martha – odeio aquela mulher. -. Mas tudo bem, serei recompensado quando Donna – quem, em sã consciência, consegue não gostar de Donna Nobble? – for o centro das atenções.
E, para os que gostam das futuras parceiras do senhor do tempo, não se desesperem: Martha, Donna e Amy também terão sua luz nos futuros posts deste especial, embora seja um desafio para mim escrever qualquer coisa sobre a Martha – odeio aquela mulher. -. Mas tudo bem, serei recompensado quando Donna – quem, em sã consciência, consegue não gostar de Donna Nobble? – for o centro das atenções.
Bem, comecemos do início: O dia em que Rose Tyler foi
salva pelo Doctor de número nove, a primeira reencarnação da nova geração do
seriado. Cybermans? Não, a loira ainda nem sonhava em conhecer aquelas
criaturas irritantes. Rose fora quase morta por algo que você provavelmente tem
dentro do seu próprio quarto: plástico!
Isso mesmo, uma onda de manequins-vivos que, apesar da
aparência frágil e o andar desajeitado, por pouco não deu um fim á mais nova
companheira do Doctor logo nos primeiros minutos de seriado. E que,
posteriormente, acabariam com a vida de qualquer um que cruzasse seu caminho.
Mas engana-se quem pensa que os manequins serão o tema
central do seriado, e talvez seja esse o maior atrativo de Doctor Who. Na minha
humilde opinião, cada episódio da trama se apresenta como um filme próprio e
independente do anterior, que, ainda assim, consegue se ligar ao resto do
seriado ao explicar, bem aos poucos, a longa vida desse misterioso senhor do
tempo.
Além do mais, nos é apresentado
diferentes espécies de aliens e os mais variados problemas criados pelos
mesmos. Doctor e Rose viajam pelo espaço-tempo a bordo da Tardis – a nave
disfarçada em cabine policial e que possui um temperamento próprio. Uma dica?
Não irrite a Tardis. -, visando impedir que grandes confusões sejam causadas
pelos extraterrestres dos mais variados tipos.
Rose chega a ver a destruição da Terra,
a conhecer Cassandra, a última humana existente, e a enfrentar crianças-zumbis
com máscaras de gás. E, como os problemas apenas crescem de tamanho com o
Doctor, a loira ainda enfrenta raças completamente irritantes de tão
insistentes, como os Cybermans, robôs que constantemente buscam transformar as
outras espécies em mais deles, na esperança de que o medo e os outros
sentimentos sejam extintos.
E é no meio disso tudo que nos é
apresentado o pior inimigo do Doctor: Os Daleks! Uma raça que, segundo o mesmo,
deveria estar extinta. Pouco ainda nos é revelado sobre essa nova forma de
vida, mas de uma coisa podemos ter certeza: Houve uma guerra. Uma grande batalha entre os Daleks e os senhores do tempo.
Uma grande batalha de onde apenas o Doctor conseguiu sobreviver.
E o meu lado crítico tem de dizer: Esta
talvez seja a raça mais insuportável de todo o universo. Embora eu ame o
seriado e compreenda que os Daleks sejam os piores inimigos do Doctor, o que
consequentemente os dá uma maior necessidade de destaque, na quinta temporada
eu já estava completamente farto das aparições desses infelizes (ainda mais
depois da season finale da segunda e
da quarta). O mesmo vale para os Cybermans.
Mas, voltando ao review, não demora
muito até que Doctor e Rose ganhem um novo companheiro de viagem: Capitão Jack,
interpretado por John Barrowman e, honestamente, um dos meus personagens
preferidos. É com este novo companheiro – que, por sinal, também é um viajante
do tempo -, que Rose Tyler e Doctor se encaminham para a última batalha da
primeira temporada.
Por motivos de, como diria River Song –
vocês ainda ouvirão falar muito sobre ela -, spoiler, não darei alguns detalhes sobre como o Doctor ficou cara a
cara com um exército inteiro de Daleks (também deixarei de fora o episódio
especial de natal. Eles são sempre incríveis). Mas devo dizer que ambos os
momentos até a batalha, e a luta em sí, são emocionantes por todos os segundos.
Nós nos deparamos com uma reviravolta
incrível quando descobrimos que as duas palavras que perseguiram o Doctor por
vários episódios – Bad Wolf – foram na verdade enviadas por Rose a partir de
diferentes pontos do tempo, quando ela "absorve" a energia da Tardis. E, para
aqueles que não gostam da primeira companheira do personagem principal,
gostaria de lembrar algo: Não fosse pela Rose, Doctor não estaria mais vivo.
A batalha enfim termina e Jack,
infelizmente, é deixado para trás – acalmem-se, esse rapaz dominado pela
luxúria ainda aparecerá por muitas vezes até a quarta temporada –. Mas se você
pensou que isso era tudo o que aconteceria, tenho mais uma surpresa a lhe
apresentar.
Como é explicado algumas vezes durante
as futuras temporadas, o cérebro humano não está preparado para receber “a
força da Tardis” e, antes que precisássemos dizer adeus à Rose de um modo
completamente trágico, Doctor “suga” para ele toda a energia alienígena – me
perdoem, não achei um termo melhor para isso - existente na loira. Nós temos,
então, dois momentos preciosos da vida de quem acompanha o seriado:
O primeiro é um belo beijo entre Doctor
e Rose Tyler. O que eu, sem dúvida alguma, aprovei logo de imediato. E, como se
não bastasse a quantidade de emoções por minuto, ainda nos é apresentado o
grande fechamento do final da temporada: O adeus ao Doctor nove e a chegada de
Doctor dez (interpretado por David Tennant.).
E fim. Termina, assim, a primeira
temporada de Doctor Who.
O que nos leva diretamente para a
segunda e, consequente e infelizmente, aos últimos episódios de Rose Tyler na
série (pelo menos por enquanto).
No início vemos como a loira está
reagindo ao fato de que o Doctor que ela conheceu agora possuía uma nova
aparência. É claro que, entre os primeiros episódios, Rose
nota que algo mudou, também, no interior do senhor do tempo. Inicialmente ela o
julga, diz que ele não se preocupa mais com ela ou com os conhecidos que,
outrora, protegera, mas não demora muito até que Tyler compreenda que Doctor
sempre seria o Doctor, tivesse ele o rosto que lhe fosse entregue.
Ao longo dessa jornada nós vemos Mickey
Smith (Noel Clarke), namorado de Rose, se unir à Tardis em novas aventuras que
em momento algum deixam a desejar. Conhecemos novas raças, revimos algumas já
conhecidas e damos de cara com uma antiga companheira do Doctor: Sarah Jane
Smith (Elisabeth Sladen), personagem da antiga versão do seriado, retornando em
um belo episódio com seu ilustre companheiro cão-robótico.
Mas o tempo passa e, como já dito mais
para cima, nada com o Doctor é fácil, uma nova batalha se inicia. Esta que não
trará felicidade alguma para nenhum dos nossos personagens. Esta que fará os
fãs terem emoções extremamente fortes.
Esta que, acima de nós, nos deixará sem
uma linda rosa.
As barreiras entre as realidades estão
caindo. Um objeto desconhecido chegou ao planeta e nem o mais estudioso dos
cientistas conseguiu de fato decifrar o que era aquilo. Nem mesmo Rose ou
Mickey.
Nem mesmo o Doctor.
Mas então as coisas começam, novamente,
a dar errado. Os Cybermans voltaram a atacar... E os Daleks parecem prontos
para uma nova rodada. Uma guerra se inicia entre as duas raças e o planeta
Terra se vê sendo o cenário de tudo isso. De um lado, uma raça que pretende
transformar todos em seres robóticos. De outro, aliens quase indestrutíveis que
parecem se procriar mais a cada minuto.
E, no meio da confusão, temos o Doctor
sendo talvez o único alvo em comum das duas.
Por motivos, novamente, de não querer
poupar as emoções de quem ainda não assistiu a este fantástico seriado, nem
tudo será dito no review. O fato de outra realidade estar aberta causa grande
discórdia e lágrimas em dois de nossos personagens preferidos e, agora, o que acontecerá
com o nosso planeta?
Quando a solução finalmente é encontrada
e podemos pensar “Ei, tudo está resolvido!”, algo extremamente triste faz com que
o coração dos fãs se aperte pouco antes do final. Os Daleks e os Cybermans
foram detidos, as paredes que separavam as duas realidades foram reerguidas e
tudo parecia ter voltado ao normal.
Com exceção de uma única – e a mais
triste das duas temporadas – coisa: Rose Tyler, a companheira do Doctor, não
mais viajaria com o nosso senhor do tempo preferido. Não mais poderia entrar em
contato com ele. Não mais poderia retornar até a sua realidade.
Junto a Mickey e Jackie Tyler (Camille
Coduri), mãe da loira, e um ainda mais deprimente “I Love You, Doctor.”, nós nos despedimos de Rose e de toda a sua
graciosidade. Como, aliás, a mesma dizia na narrativa do início da season finale.
“Esta é a história de como eu morri.”
Infelizmente Doctor não consegue dizer a
tempo o que sentia pela moça e assim termina, talvez para sempre, seu último
contato com Rose Tyler. E, ainda em lágrimas por ter de se despedir de sua
companheira, algo surpreendente fecha a temporada de Doctor Who: Uma noiva
surge dentro da Tardis, em meio ao espaço, vindo diretamente do planeta Terra.
Quem seria esta mulher? E como ela
chegou até a nave?
Bem, isso fica para o próximo review do
especial Doctor Who. Por enquanto, tudo o que posso dizer é que muitas coisas
ainda acontecerão com o senhor do tempo e suas futuras parceiras – segure o
coração, pois até agora apenas uma delas teve um “final feliz” -. Conhecerão,
futuramente, figuras como Van Gogh e Agatha Christie, e ainda desfrutarão de
uma pequena participação de um certo nazista de bigode.
E para quem acha que Doctor Who se
resume a problemas alienígenas sendo resolvidos, pense novamente! Ao longo do
tempo muitas coisas serão reveladas e algumas deixarão vocês de queixo caído.
Para finalizar com um tom crítico e,
ainda assim, de fã, concluo o texto com a seguinte frase: Se você se interessa
por aventura, ação e muito drama, Doctor Who é o seriado perfeito para você!
Bem, nos vemos no próximo review. Até
lá, divirtam-se viajando a bordo da Tardis. Não se esqueçam do casaco!
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Jorge Castro tem 19 anos, é viciado em livros – e em escrevê-los – e em séries, principalmente aquelas que sabem a hora de parar. Gosta de comédia, romance e praticamente qualquer coisa que envolta o sobrenatural. – Twitter: @Casterjorel |