”Nós todos fizemos os piores tipos de coisas apenas para nos mantermos vivos, mas ainda podemos voltar. Nós não estamos muito longe. Temos que voltar. Eu sei que todos nós podemos mudar.“
Mais uma fantástica Season Finale de The Walking Dead.
Depois desse episódio, encho a boca para dizer o porque de acompanhar essa série, mesmo com episódios maçantes uma vez ou outra - ou uma temporada inteira -, com pouca explicação e muito drama, The Walking Dead se consolidou como uma série a parte do mundo sobrenatural. Enquanto, a maioria das séries Sobrenaturais se preocupam com a mitologia primeiro, e a humanidade depois, a proposta de The Walking Dead é apresentar um mundo apocalíptico sob a perspectiva de um ser humano despreparado para aquilo. Ninguém sabe que vírus é esse, só sabe que o torna em um monstro comedor de carne.
Ninguém sabe se tem cura, só sabe que precisa continuar.
É um mundo fatalista, sem final, abstrato e cheio de uma doce esperança de que um dia - um dia! - tudo pode voltar a ser como antes dos zumbis. Será? É um sonho doce a se pensar, mas eu sigo a filosofia de Aslam e acredito fielmente que nada acontece duas vezes, não seria assim no mundo de The Walking Dead também, caros Walkers?
Depois dos últimos dois - desnecessários - episódios, que poderiam muito bem ter sido um só ou nem se quer existido, o que seria uma grande felicidade para nós Walkers, somos agraciados com Too Far Gone, que volta ao ritmo de Internment, ganhando um ar de revolução, luta, drama e cliffhanger digno de fim de temporada. Podia ser assim em todos os episódios? Claro! Mas sabem aquela história de tudo que é demais, cansa? Nas séries é assim também. Então é compreensível termos episódios ótimos, intercalados com outros leves e com outros desnecessários, é um modo de ter equilíbrio, o que é essencial na série.
Eu vi esse episódio 4(!!!) vezes! Cada detalhe, cada dialogo, cada cena. Me emocionei na mesma cena as 04 vezes, fiquei mal pelas perdas, xinguei pelo retardamento de vários personagens, amei Daryl sendo o Senhor Fantástico - e tacando aquela granada no tanque! E é claro, guardei no coração um dos melhores diálogos da série, até então, que foi, é claro, declamado por Andrew Lincoln, que modesta parte, estava incrível nesse episódio. Não vou deixar de elogiar o David Morrissey, que nos agraciou com o nosso amado e único Governador e não a cópia Mexicana que recebemos nos últimos dois episódios. Sim, também quero aproveitar para elogiar o Norman Reedus, por simplesmente existir.
Voltando a resenha, mates.
O episódio não parou por nenhum segundo.
Quando você pensava que ia respirar, era surpreendido com uma revelação ou consequência de algum ato imprudente de algum personagem. Fomos prometidos a um confronto entre Rick e o Governador e o tivemos. Não poderia ter sido melhor, mais marcante e bem executado, pelos atores, produção, roteirista e cenário.
Primeiramente, o discurso de Rick, como disse ali em cima, um dos melhores da série, amei como ele luta para conseguir um acordo de paz entre eles, como ele mostra realmente acreditar em uma esperança, um futuro, um amanhã, mesmo ao lado daquele que quer a sua cabeça. Ele falou como um líder, com um coração de humano. O olhar de Hershel, admirado por ver que Rick, aquele Rick que ele conheceu na fazenda e se tornou seu amigo estava ali foi de partir o coração. Não há culpa. O que acontece com Hershel não veio dos atos e das mãos de Rick, simplesmente foi um desvio no caminho. O Senhor Chocolate mesmo, em seu olhar, demonstra isso. Aceita o fim que aproxima, não culpa Rick, simplesmente o agradece por tentar, porque no fundo, nesse último segmento é apenas isso que Hershel tem tentado mostrar a Rick que ele precisa tentar, pois sem a tentativa, o fim é a única saída.
O público ganha esperança quando vemos o Governador ficar balançado com aquelas palavras, aí os dois episódios anteriores fazem sentido. Para entendermos o lado 'humano' do governador nesse episódio, tivemos que o conhecer, mas os fins não justificam os meios.
O público ganha esperança quando vemos o Governador ficar balançado com aquelas palavras, aí os dois episódios anteriores fazem sentido. Para entendermos o lado 'humano' do governador nesse episódio, tivemos que o conhecer, mas os fins não justificam os meios.
Mas é claro que não estamos em Once Upon a Time e não tivemos um final feliz.
Rick e Governador finalmente se enfrentam, obviamente que Grimes se ferra todo, ponto para o pessoal da maquiagem que o deixou tão desfigurado que eu consegui sentir a dor do personagem. Quando sentimos o ar faltar nos pulmões de nosso desventuroso protagonista, Michonne salva o dia e faz aquilo que mais da metade dos Walkers desejam - ou não - e mata o Governador - ou não.
Eu esperava que ela fosse o destroçar ali, mas não, ela ajudou Rick e deixou o Governador a agonizar, sabe se lá porque. Ser comido por um zumbi? Seria um fim ótimo a ele, mas sinceramente, ele é ruim demais até para esse final, mas tudo bem ... Eu entendo. Precisamos do cliffhanger, da sensação que haverá algo mais para aquele personagem tão odiado e amado, e teve. O tiro misericordioso veio das mãos da personagem mais improvável, ainda deixando no ar: E aí? Ela o matou mesmo ou foi um tirinho de brincadeira para nos enrolar até o retorno do resto da temporada?
Em paralelo, enquanto o caos acontecia na prisão - #RIPPrisão -, todo o grupo se dispersou.
Quando digo 'todo', é todo mesmo.
Maggie e Glenn conseguiram fugir num ônibus, cheio de figurantes, ou seja, morte na certa. Tyresse ficou com Lizzie e as crianças da Cidade dos Amaldiçoados - aqui vale ressaltar como a vida dá voltas: Ele iria com certeza matar Carol pelo que ela fez com Karen, e aqui, ele é salvo pelo tiro dado por Lizzie, que aprendeu a usar uma arma graças a Carol. É, meu caro Tyresse, a vida dá voltas, se segura. E Judith? Gente, o que houve com a pequena bravinha? Não quero acreditar que ela foi devorada por um Zumbi, prefiro acreditar que a Carol deu uma de Nazaré Tedesco ou qualquer outra pessoa, até a Lori fantasma serve. Daryl conseguiu escapar com a Taylor Swift, Michonne sumiu do nada e Rick conseguiu escapar com Carl.
Essa será uma proposta interessante a ser mostrada no retorno da série. Como eles irão se reencontrar, quem sobreviveu, o que aconteceu e os caminhos que irão seguir, como humanos, irão continuar a uni-los como um grupo? E é claro, tem outras perguntas a serem respondidas: Onde está Carol? O Governador realmente morreu? Judith morreu, foi devorada ou aprendeu a andar e saiu correndo dali direto para o elenco de Baby Daddy? E essa nova praga? Vai ter novas consequências ou é isso mesmo?
Enfim, episódio excelente, não poderia ter concluído melhor essa parte da temporada.
E que venha Fevereiro com o retorno de The Walking Dead - espero eu - com grande estilo.
Rick e Governador finalmente se enfrentam, obviamente que Grimes se ferra todo, ponto para o pessoal da maquiagem que o deixou tão desfigurado que eu consegui sentir a dor do personagem. Quando sentimos o ar faltar nos pulmões de nosso desventuroso protagonista, Michonne salva o dia e faz aquilo que mais da metade dos Walkers desejam - ou não - e mata o Governador - ou não.
Eu esperava que ela fosse o destroçar ali, mas não, ela ajudou Rick e deixou o Governador a agonizar, sabe se lá porque. Ser comido por um zumbi? Seria um fim ótimo a ele, mas sinceramente, ele é ruim demais até para esse final, mas tudo bem ... Eu entendo. Precisamos do cliffhanger, da sensação que haverá algo mais para aquele personagem tão odiado e amado, e teve. O tiro misericordioso veio das mãos da personagem mais improvável, ainda deixando no ar: E aí? Ela o matou mesmo ou foi um tirinho de brincadeira para nos enrolar até o retorno do resto da temporada?
Em paralelo, enquanto o caos acontecia na prisão - #RIPPrisão -, todo o grupo se dispersou.
Quando digo 'todo', é todo mesmo.
Maggie e Glenn conseguiram fugir num ônibus, cheio de figurantes, ou seja, morte na certa. Tyresse ficou com Lizzie e as crianças da Cidade dos Amaldiçoados - aqui vale ressaltar como a vida dá voltas: Ele iria com certeza matar Carol pelo que ela fez com Karen, e aqui, ele é salvo pelo tiro dado por Lizzie, que aprendeu a usar uma arma graças a Carol. É, meu caro Tyresse, a vida dá voltas, se segura. E Judith? Gente, o que houve com a pequena bravinha? Não quero acreditar que ela foi devorada por um Zumbi, prefiro acreditar que a Carol deu uma de Nazaré Tedesco ou qualquer outra pessoa, até a Lori fantasma serve. Daryl conseguiu escapar com a Taylor Swift, Michonne sumiu do nada e Rick conseguiu escapar com Carl.
Essa será uma proposta interessante a ser mostrada no retorno da série. Como eles irão se reencontrar, quem sobreviveu, o que aconteceu e os caminhos que irão seguir, como humanos, irão continuar a uni-los como um grupo? E é claro, tem outras perguntas a serem respondidas: Onde está Carol? O Governador realmente morreu? Judith morreu, foi devorada ou aprendeu a andar e saiu correndo dali direto para o elenco de Baby Daddy? E essa nova praga? Vai ter novas consequências ou é isso mesmo?
Enfim, episódio excelente, não poderia ter concluído melhor essa parte da temporada.
E que venha Fevereiro com o retorno de The Walking Dead - espero eu - com grande estilo.
Escritora, publicada no site da Amazon/Kobo, professora, poliglota, Companion, Slytherin, Hobbit, Targaryen, Ms.Holmes e é casada com Mr.Darcy. Bang, that's me, mates. Me siga no twitter @MsBarbieHerdy |